
Simões assina contrato da operação de crédito destinada ao financiamento das obras da galeria do Primavera. Para sair do papel, obra depende ainda da elaboração do projeto executivo e processo licitatório (Foto: R24)
A prefeito Rafael Simões assinou na manhã desta quarta-feira (20) o contrato junto à Caixa Econômica Federal (CEF) para liberação de recursos destinados às obras da galeria da bacia do Primavera. A região é o ponto crítico de acúmulo de água das chuvas que geram enchentes recorrentes no Centro. O valor do investimento é de R$ 14,9 milhões, sendo cerca de R$ 900 em contrapartida do município e o restante de uma linha de crédito para projetos de mobilidade do Ministério das Cidades.
Os detalhes da assinatura do contrato e os próximos passos para execução da obra foram repassados à imprensa em coletiva convocada pela Prefeitura na manhã desta quarta-feira. A assinatura do contrato contou com a presença de deputados, vereadores e representantes da Caixa.
Assinada a contratação da operação de crédito junto à Caixa, a Prefeitura vai agora partir para a elaboração do projeto executivo da obra. É ele que orientará de forma detalhada como as obras deverão ser feitas. Ele é também a referência para o processo licitatório, concorrência pública destina a selecionar a empresa que, enfim, executará as obras.

Histórico de fracassos contra as enchentes na região central
A obra é mais uma tentativa do município de tentar por fim às contantes enchentes que ocorrem na região central, gerando enorme prejuízo a comerciantes e moradores. Em 2015, a gestão Perugini (PT) executou uma obra de ampliação de galerias pluviais na região com um investimento de R$ 10 milhões.
As obras não apenas não resolveram o problema como, em 2017, acabou alvo de uma Comissão Especial da Câmara de Vereadores, que concluiu que a obra era ineficaz e, tanto seus executores quanto a Prefeitura sabiam disso durante sua execução. A gestão Simões propôs em agosto do ano passado uma ação judicial por conta de supostos prejuízos causados pela obras.
Com um histórico desses, qual a garantia de que a obra vai resolver o problema dessa vez? O prefeito Rafael Simões assegura que os estudos feitos pela Universidade Federal de Itajubá (Unifei) tem potencial para encerrar de vez as enchentes, pois ataca não apenas o problema localizado da drenagem das águas, mas todo o entorno da bacia do Primavera, que recebe as águas de inúmeros outros bairros a cada chuva. A ideia é conduzir as águas por duas novas galeiras, que juntas somam cerca de 5 mil metros de extensão ao longo da bacia, utilizando a gravidade do declive da região.
"Talvez o equívoco do passado tenha sido não fazer um estudo mais aprofundado do que que acontecia no entorno de onde enchia. [Agora], foi feito um trabalho muito extenso pela Universidade Federal de Itajubá (...) e passou-se aqui também pelo crivo de pessoas que entendem dessa área de galeria pluvial. (...) Olhando o projeto, a gente percebe que ele vai ser executado e vai eliminar essa situação (...). Peço à população que tenha paciência, porque a obra não começa hoje e termina amanhã", afirmou o prefeito Rafael Simões durante coletiva de imprensa.